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Noticia e Informacao contextualizadas
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1ª Jornada Infantil de Literatura - somos crianças mal-educadas...

Atualizado: 28 de ago. de 2021

1ª Jornada Infantil de Literatura - somos crianças mal-educadas, não aprendemos nem a amar, mesmo que isso seja mais fácil do que machucar o outro.



Não é ironia, mas poderia ser, se a vida sobre a terra fosse apenas uma brincadeira. Gutenberg era ourives, inspirou-se na produção de moedas para criar os tipos móveis e a (im)prensa, transformando a produção do códice (livro! Geração X,Y,Z!) em escala numa tarefa fácil. Espalhando o “conhecimento” para as palmas das mãos de qualquer um interessado nesta nova moeda disponível a todos…


De lá para cá, a crônica (“Crônico – a origem do gênero”) que continha muita “invenção”, ou mentira mesmo, passou a disseminar informação parcial, mal contextualizada, até tornar-se definitivamente em o “quinto poder”, e toda uma capacidade planetária para gerar confusão. E ser utilizada pelos demais poderes, para o nosso calvário.


Da sua gênese, perdeu-se a lúdica inspiração de Gutenberg que utilizou a mesma técnica de prensar uvas, das vinícolas tradicionais, e o azeite, tão simbólico na humanidade que remonta ao Monte das Oliveiras, literalmente. Agora, com tipos e a prensa móveis, tudo era possível, até descobrirmos a Internet e a grande rede virtual, e conquistarmos o impossível – afirmarmos que sabemos tudo sem sabermos nada, qualquer um pode fazer isso.


Pode me xingar de prolixo e enfadonho, mas se o amigo chegou até aqui, concordo, obrigado.


Enquanto celebra-se os 40 anos da Jornada de Literatura de Passo Fundo, evento que colocou no mapa do mundo aquela cidade do interior gaúcho, coincidentemente encontro por acaso em arquivos digitais uma anotação de uma conversa, em Mill Valley, na Califórnia, com meu amigo Bagwandas, que inspirou Ram Das para escrever a bíblia dos beatnicks “Be Here Now” (não traduzido, ainda) em que ele comenta encontros com Aldous Huxley e, junto à nota, está o texto da carta que aquele Admirável “Escritor do” Mundo Novo enviou (1949) para o amigo George Orwell, seu ex-aluno de francês, comentando o livro de Orwell: “1984”.


À parte concordar com o pesadelo do livro, Huxley entretanto pontua o que continuava pensando: “sinto que o pesadelo de 1984 está destinado a ser modulado ao pesadelo de um mundo mais semelhante ao que eu imaginei em Admirável Mundo Novo. A mudança surgirá como resultado de uma necessidade sentida [pelo governo] para o aumento da eficiência. Enquanto isso, claro, pode haver uma guerra atômica e em maior escala biológica — caso em que teremos pesadelos de tipos diferentes e inimagináveis.


Na minha primeira Jornada Literária de Passo Fundo, era o Capítulo 9o., cujo tema foi “2001: Uma Jornada na Galáxia de Gutenberg” um evento planetário, sob as lonas de um circo reunidas quase dez mil almas ouvindo escritores darem seus depoimentos sobre suas obras, e impressões sobre o mundo, ocorria, por acaso, a 1a. Jornada Infantil de Literatura, daí o título aqui – vale à pena ler mais uma vez. Reler, títulos, é muitas vezes melhor do que a primeira leitura.


Hoje em dia, dobrando o cabo da boa esperança de um mundo melhor, meio cético, é verdade, mas sonhador irredutível, percebo que vivemos de facto num enorme circo dos horrores. Pandemia global, certificado digital para entrar numa igreja, ou bar, ataque ao aeroporto se um pelotão de soldados não embarcar; seja 1984, seja um Admirável Mundo Novo, este mundo está uma loucura, você não acha?



Mas a segunda parte do título, me remete ao primeiro livro publicado no Brasil, 1808, com a fundação da Imprensa Régia por D. João VI:

A Marília de Dirceu, de Tomás António Gonzaga. Que história! Ele do Porto, pai português, a mãe brasileira, se apaixona por uma brasileira, o romance em versos é denso, lírico e febril, mas ele acaba sendo exilado em Moçambique, enforcado sob a acusação de inconfidente, contra o Rei de Portugal, e Marília, sem saber vive vinte anos esperando-o... Bem, bem mais tarde, seus corpos foram sepultados juntos, em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil.

 

Tive o prazer, na próxima Jornada, 2003, de levar pela mão, Sir John Hemingway, neto de Ernest Hemingway, quando meu amigo John ainda dava os primeiros passos no mundo da literatura.


A 9ª Jornada teve como tema orientador de debates “2001: Uma Jornada na Galáxia de Gutenberg”. A proposta foi abordada por convidados como Alberto Manguel, Frei Betto, Antonio Skármeta, Marina Colasanti, Maria Adelaide Amaral, Emir Sader e Mario Prata. Quatro mil pessoas se inscreveram nos debates e doze mil crianças e adolescentes lotaram a 1ª Jornadinha Nacional de Literatura, reservada a alunos do ensino fundamental e médio. Entre os convidados da Jornadinha, Ruth Rocha, Fabrício Carpinejar, Ziraldo e Carlos Urbim.

O catarinense Salim Miguel e o baiano Antônio Torres dividiram o 2º Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura, pelos romances Nur na Escuridão e Meu Querido Canibal.

 
 

PRESS RELEASE da Assessoria de Imprensa Universidade de Passo Fundo (54) 3316-8110 | www.upf.br Passo Fundo – RS


40 anos da Jornada de Literatura Live com Pedro Bandeira mobiliza leitores no interior gaúcho

Um dos maiores autores da literatura infantil e juvenil falou sobre a sua carreira e seu envolvimento com a Jornada Nacional de Literatura e respondeu perguntas dos seus leitores De onde vem a inspiração para escrever tantas histórias? De todas as suas obras, qual é a sua preferida? Se você tivesse que indicar uma obra sua para os jovens, qual seria? Essas foram só algumas das perguntas que permearam a live com Pedro Bandeira, em alusão aos 40 anos da Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo, município que é Capital Nacional da Literatura. O evento on-line, realizado nesta quinta-feira, 26 de agosto, relembrou uma das maiores festas literárias da América Latina, trazendo à tona a energia dos leitores, que viram e escutaram, ao vivo, mesmo que por meio de uma tela, o seu escritor preferido, como uma forma de alento a esta época tão difícil de pandemia. O tema da live foi “Travessias e travessuras pela narrativa infantil e juvenil”. Em 1981, o Brasil via nascer uma movimentação cultural inédita de formação de leitores, envolvendo multidões preparadas para os encontros com a leitura prévia das obras dos autores convidados. Essa dinâmica passou a ser a essência dos encontros entre leitores e autores. “A leitura era o objetivo e os leitores eram a energia dos encontros”, salienta uma das coordenadoras das Jornadas Literárias, professora da Universidade de Passo Fundo (UPF), Dra. Fabiane Verardi, fazendo também uma referência aos idealizadores da Jornada, a professora Tania Rösing e o escritor Josué Guimarães, que iniciaram toda essa movimentação literária. Quatro décadas após a sua criação, com muitas transformações e desafios ao longo dessa trajetória, a Jornada ainda traz o sentimento de esperança à nação por meio da cultura, que também mobilizou a sua criação nos anos de 1980. “Passados 40 anos, a Jornada encontra um país com outras e enormes dificuldades não havendo possibilidade sanitária dos encontros de outros tempos, ao mesmo tempo, uma crise financeira sem precedente abate toda a sociedade brasileira, mas isso não impede uma merecida homenagem às Jornadas”, ressalta o também coordenador das Jornadas, professor da UPF, Dr. Miguel Rettenmaier. E um dos autores que acompanhou essa trajetória das Jornadas Literárias, participando e sendo autor homenageado, é Pedro Bandeira, que também tem como essência a formação de leitores. “Passo Fundo entrou no mapa do Brasil muito mais pela cultura e pelo amor à educação e à literatura do que por outros feitos. Esse evento abriu-se para o mundo e passou a ser respeitado internacionalmente. Eu me sinto honrado de poder estar falando, porque acompanhei esses 40 anos”, declara o escritor Pedro Bandeira, que escreve há quatro décadas para crianças e adolescentes com mais de 100 livros e 25 milhões de exemplares vendidos até 2020, sendo o autor de literatura juvenil mais vendido no Brasil. A abertura da live também contou com a participação do vice-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Assuntos Comunitários da UPF, Dr. Rogerio da Silva, do presidente da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF), Me. Luiz Fernando Pereira Neto, e do secretário de Educação de Passo Fundo, Adriano Canabarro Teixeira. A iniciativa foi promovida pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e Prefeitura de Passo Fundo com apoio do Programa Nacional de Assistência ao Ensino (PNAE) e Sesc como parceiro cultural. “Melhor amigo da humanidade é o livro” Não há como falar em Jornadas sem abordar a importância do livro na formação humana. “A Jornada sempre foi uma atividade de carinho, de amor, de aproximação, de leitura e de alegria. O melhor amigo da humanidade é o livro. Quem lê um livro nunca estará só. Quem lê tem o psicólogo nas vozes dos autores”, afirma Bandeira. O escritor também destaca que a família tem um papel importante como incentivador da leitura dos seus filhos. “Muitos dos nossos filhos não têm um incentivo em casa, não veem mamãe e papai lendo um livro, então, às vezes, chegam na escola zerados em termos culturais e a escola tem que inocular em seu sangue tudo em termos de cultura”, observa o autor, destacando ainda que “muitas vezes, o pai se sacrifica pra comprar roupa, tênis de grife pro filho, mas reclama quando a professora pede para comprar um livrinho. Acha mais importante investir no pé da criança do que na cabeça dela”. Leitores próximos do seu autor A live reuniu muitos estudantes e professores das escolas municipais e da rede privada da região Norte do Rio Grande do Sul. “Sou egressa da UPF, tive o imenso prazer de participar dessa festa literária que é a Jornada. É uma honra ouvir um autor que faz parte da minha formação leitora. Cresci lendo o Pedro e seus livros estão sempre nas minhas aulas. Dividir essa paixão com meus alunos é muito emocionante”, declara a professora do Instituto Menino Deus de Passo Fundo, Lissara Kauane Delphino Alves, formada em Letras pela UPF, que fez questão de transmitir em sala de aula a live do escritor. E os leitores se declararam para o seu autor. “O primeiro livro que eu li foi ‘A droga da obediência’. É um prazer poder dizer isso a todo mundo, porque na época não entendia a importância que isso teria no decorrer da minha vida, mas hoje, ouvindo esse homem incrível falar ao vivo pela primeira vez, me emociona e me deixa muito feliz. Muito obrigada, Pedro bandeira”, revela a estudante do nono ano do Instituto Menino Deus, Ana Luísa Lemes Alves, 14 anos. Algumas escolas reuniram mais de 20 turmas para acompanhar a live. Foi o caso do Colégio Notre Dame. “Os estudantes se emocionaram e se prepararam para essa live, porque em 2013 o escritor esteve na nossa escola. Então, os alunos, na época, estavam no primeiro ano do ensino fundamental e agora estão no nono. Em oito anos, houve a transição de crianças para adolescentes. Trouxeram as fotos e os livros autografados da época. Foi emocionante trazer essas memórias afetivas neste caminho da literatura”, comenta a professora do nono ano do colégio, Fátima Cristina dos Passos Cunert. Live “Jornadinha 20 anos” “Jornadinha 20 anos: histórias para contar” foi o tema da live realizada durante à tarde com Cássio Borges do Sesc/RS, que é contador de histórias, mediador de leitura e músico. Ele promoveu uma contação de histórias com a educação infantil da Rede Municipal de Educação de Passo Fundo. Cássio utilizou a obra A cicatriz, de Ilan Brenman, e Contos de adivinhação, de Ricardo Azevedo, dois escritores que já estiveram na Jornada. - Confira os vídeos As lives foram transmitidas pelo canal da UPF Online no Youtube e os vídeos estão disponíveis no canal para acesso.

Assessoria de Imprensa Universidade de Passo Fundo (54) 3316-8110 | www.upf.br Passo Fundo – RS



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