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Pode uma morte substituir outra, quanto vale uma vida a menos?

Atualizado: 9 de jun.


Peazê num encontro com escritores em Lisboa
Peazê num encontro com escritores em Lisboa

Nesta crônica para se ler em um minuto, o tempo não quer dizer nada. Morreu Evanildo e não seriam necessárias mil palavras para descrever melhor do que uma imagem “inerte do inexistente ser humano jaz gramático imortal no leito de morte, justamente no dia do escritor português”, a sua linguagem comportamental em vida que era de simpatia e sapiência, fotografia alguma poderia retratá-la, precisamos dizê-la, replicá-la, nem se pudéssemos ter o clique de um Sebastião que fotografou melhor que ninguém tantos sem terra, sem teto, pobrezas em preto e branco, contraste com as riquezas na Terra pois jazido no dia posterior e suas imagens sim, ainda vão contar muito mais que palavras contadas. Afinal, quanto valem as vidas que um Salgado fotografou? Quanto vale uma vida a menos; de um Bechara imortal? Inalienáveis. Vidas que se vão e como sempre, em vão perguntar se as mortes chegam antes da hora ou não, talvez se pudéssemos fotografar o tempo, imortalizá-lo, neste caso será que ficaríamos apenas relendo, contando, vivendo as palavras? Deixo uma pergunta em aberto: teria o tempo passado deixado em codicilo a vontade de não parar? Neste caso não devemos o tempo matar?


in memoriam Evanildo Bechara (26/02/1928 - 22/05/2025) e Sebastião Salgado (08/02/1944 - 23/05/2025)




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Helga
Helga
29 mai
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Luís Peazê: Escritor, Jornalista, Tradutor

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