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Noticia e Informacao contextualizadas
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Peazê traz de volta Portugal da Bienal de São Paulo


Portugal foi o país homenageado na 26ª. Bienal Internacional do Livro de São Paulo, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa esteve presente nos 5 dias da II Conferência das Nações Unidas para os Oceanos, em Lisboa, uma semana antes, assinou a Declaração de Lisboa e foi para o Brasil, "pegar uma praia em Copacabana"; refeito do rendezvouz, almoça não almoça em Brasília, pegou a ponte áerea para São Paulo e viajou em livros: ora pa, daí em diante o evento marcou época: recebeu 660 mil visitantes, registrou gasto médio 40% maior e se consagrou como edição histórica.


Em Portugal reclamam que o presidente viaja e se diverte com o dinheiro público, mas esta é outra história, como diria Malarmé, para ser escrita, doa a quem doer. Vamos aos dados da Bienal do Livro de São Paulo:


A edição já é considerada a ‘Bienal das Bienais’, por visitantes e expositores. Público 10% maior festejou a volta ao formato presencial, e 72,5% se dirigiu à grande festa literária decididos a adquirir livros e ver de perto seus autores preferidos, com grau de satisfação de 90,3%.


Pronta para ficar guardada na lembrança de todos. A 26ª. Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada em clima festivo e de encontro de leitores ávidos por novidades, após quatro anos de isolamento social, levou otimismo aos corredores do Expo Center Norte sobre o futuro do mercado editorial. Com um dia a menos para a sua realização – no período de 2 a 10 de julho -, a expectativa em torno da versão 2022 da Bienal estimulou a venda antecipada de ingressos da ordem de 90% e atraiu 660 mil visitantes, 10% superior ao público da edição de 2018. Segundo ainda pesquisa realizada durante o evento pelo Observatório do Turismo, da São Paulo Turismo (SPturis), o ticket-médio foi de R$ 226,94: um aumento de 40% comparado a 2018.


O esforço pela democratização do acesso ao livro foi confirmado pelo resultado de ações como cashback (no valor pago pelo ingresso) e vale-livro (voucher individual de R$ 60, distribuído a alunos e educadores da rede paulistana de ensino), destinados à aquisição de livros direto com as editoras, no valor de R$ 7,2 milhões, durante os nove dias da Bienal. E não faltou a diversidade em gêneros literários, para todos os gostos e bolsos, conferidos num conjunto de 300 autores nacionais e 30 internacionais.


E a demanda aferida pela Bienal, de 7 livros por pessoa, dimensiona o poder de compra do visitante e disposição para adquirir os livros direto no caixa do expositor. O conceito de livraria como ponto de encontro dos amantes dos livros, local apropriado para vivenciar a experiência com as obras e adquirir exemplares foi reforçado no evento. Do layout ao atendimento, passando pelos atrativos criados por cada expositor, os estandes se tornaram espaço de convivência e grande biblioteca de consulta aos títulos ofertados. Ao todo 182 expositores, que disponibilizaram cerca de 500 selos editoriais, numa prateleira completa e diversificada em gêneros literários, somando 3 milhões de livros.


A nova casa – o Expo Center Norte – recebeu a aprovação de 69,3% e índice de satisfação dos expositores se situou em 87%, que supera em 25% o grau de aceitação plena da edição de 2018.

Com motivos para brindar o êxito da grande festa literária, que reafirma o novo momento e perspectivas para o universo do livro, a partir da Bienal, Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), realizadora do evento, frisa o acerto da campanha publicitária: “Todo mundo sai melhor do que entrou”. A chamada convida os participantes a atestarem o poder transformador do livro e o evento como polo de encontro com o saber. “A melhor campanha de todos os tempos, que traduz o objetivo de posicionar o livro como protagonista da mudança de cada leitor”, avalia ele ao completar “outra importante conquista é identificar o quanto a Bienal cumpre o papel de difusor de negócios e relacionamento para os players do setor”.


Inserir o evento, cada vez mais, na rota das grandes feiras literárias internacionais, foi outro passo largo dado com a edição de 2022. A aproximação com Portugal – convidado de honra – marcou as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil mas também estreitou os laços e abriu caminho para novos acordos bilaterais no segmento editorial.


Sede pelo conhecimento

Espaços culturais concorridos, nove ao todo, onde o público buscou se inserir no debate de grandes temas relacionados ao universo do livro, compuseram as 1.500 horas de programação. Áreas destinadas a pensadores do mundo literário, empreendedores, artistas do cordel e do repente, personalidades da gastronomia, educadores que desenvolveram atividades para crianças, celebridades e outras atrações. E o público provou que nem só de estandes de livros vive a Bienal, já que o encontro com o conhecimento e lazer também ganhou espaço na agenda do público durante a visita ao evento.


Principais números da 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Público visitante: 660 mil

Ticket médio: R$ 226,94

Compra online de ingressos: 90% dos ingressos

Ações de incentivo vale-livro e cashback: R$ 7,2 milhões

Quantidade de livros: 3 milhões

Média de livros adquiridos: 7 por pessoa

Selos editoriais: Cerca de 500

Área ocupada total: 65 mil metros quadrados

Expositores: 182 expositores

Espaços culturais: 09

Horas de programação: 1500

Autores nacionais: 300

Autores internacionai: 30

Visitação escolar: 60 mil


Expositores: resultados e perspectivas

Faturamento aumentado e uma bolha de otimismo nos estandes

Com vendas muito acima das expectativas, a HarperCollins Brasil superou metas ao vender 253% em livros nesta edição da Bienal. A editora disponibilizou no evento um total de 883 títulos: os que largaram na frente no sucesso de público no evento estão: “Casal imperfeito: retratos de um casamento aperfeiçoado em Deus” (Fernanda Witvytzky); “O dia que a árvore do meu quintal falou comigo” (Paulo Vieira); “Um salto para o amor” (Aione Simões); “Os 8 disfarces de Otto” (Lola Salgado); “O beijo do rio e Homens pretos (não) choram” (Stefano Volp); “Telefone preto e outras histórias” (Joe Hill) e “Cristianismo puro e simples” (C. S. Lewis), além dos títulos de Tolkien e Agatha Christie. “Nessa edição da Bienal pudemos observar um enorme fluxo de jovens procurando por livros, dos mais diferentes autores e vozes, o que passa um cenário de muito otimismo quanto ao mercado literário na retomada das feiras”, sintetiza Leonora Monnerat, diretora executiva da HarperCollins Brasil


As Edições Sesc registraram 40% de aumento no conjunto de livros. Entre os títulos que figuraram no top list do estande estão as seguintes obras: “Abecedário de personagens do folclore brasileiro”, de Januária Cristina Alves; “Tom Zé: o último tropicalista”, de Pietro Scaramuzzo e “Tarsila do Amaral: a modernista”, de Nádia Battella Gotlib.


Em relação à edição que ocorreu em 2018, a Edições Loyola contabilizou crescimento médio de 30%. Foram 3 mil títulos, sendo 45 exemplares de cada um. Entre os que lideraram a demanda no estande do expositor estão: “Cabeça Fria, coração quente” (Abel Ferreira) e HeartStopper. “Foi uma ótima experiência. Com certeza ficará conhecido como a Bienal das Bienais. Com certeza que iremos voltar. Para nós, via ficar conhecida como a Bienal das Bienais”, declarou Raphael Bispo, diretor comercial da Editora Loyolla.

“Essa foi uma Bienal para entrar na história. Tivemos o melhor faturamento desde quando começamos a participar da Bienal do Livro”, acentua Heloíza Daou, diretora de Marketing da Editora Intrínseca. Os números do expositor impressionam e indicam, segundo a editora, demanda reprimida por conta da pandemia: 150% a mais no montante faturado e 45% a mais no volume de livros vendidos, em comparação com 2018. A média 9 livros vendidos por minuto (58 mil no total) estabelece um recorde para a participação da editora. Entre os gêneros mais procurados no estande da empresa estão os de suspense e do universo true crime, além de títulos que ganham adaptação para o audiovisual (cinema e plataformas de streaming). O TikTok foi um propulsor nas vendas, a exemplo do sucesso de Os dos morrem no final, de Adam Silvera, e Viúva de ferro, de Xiran Jay Zhao. Entre os campeões de vendas estão: Manual de assassinato, Os dois morrem no final, Modus operandi e o best seller Amor & Gelato.


O melhor resultado da história. Assim, a Rocco Editora classifica o crescimento de 185% nas vendas durante a Bienal, no comparativo com a edição anterior do evento. A editora apresentou 350 títulos para um público que respondeu à oferta de obras de seu portfólio editorial: Mulheres que Correm com Lobos (Clarissa Pinkola Estés); Rádio Silêncio (Alice Oseman); Box Harry Potter (J.K. Rowling); A Cantiga dos Pássaros e das Sepentes (Suzanne Collins); Filhos de Sangue e Osso (Tomi Adeyemi). Bruno Zolotar - diretor comercial e de marketing da Rocco concorda que a Bienal é “sem dúvida, um dos mais maiores e mais importantes eventos do mercado editorial, voltado à interação entre editoras, escritores e leitores”. Ele reitera que, entre outros destaques, por se tratar da casa de Harry Potter, a editora tem uma ligação muito próxima e lúdica com seu público e que retornará sempre às edições da feira.


Pela primeira vez como expositora na Bienal do Livro, a Literare Books International trouxe 250 títulos e vendeu, em média, 800 exemplares por dia - uma expectativa de 110% acima do esperado. Maurício Sita, presidente da companhia, encerra o evento com a sensação de missão cumprida. “Mesmo sendo nossa primeira Bienal, este é o melhor evento que já participamos [em termos de faturamento], desde nossa fundação, há 25 anos” Com certeza voltaremos na próxima edição”, ressalta.


Outra estreante no evento, a Editora Mostarda vendeu 4 mil livros, o dobro da previsão inicial de 2 mil. Com a certeza que de que repetirá a experiência, Pedro Mezette, Publisher da editora, diz que “ficou claro que demos o primeiro passo para a caminhada ao participar da Bienal”. Os livros mais vendidos no estande foram: “Jardim de Marielle” (Majori Silva); Menina Sonhadoras, Mulheres Cientistas (Flávia Martins de Carvalho), ambos dirigidos ao público infantil.


De seu estande, o Grupo Editorial Global emitiu o balanço de 100% a mais de livros comercializados sobre o saldo de 2018. Entre as obras mais destacadas estão: Flores de Alvenaria; Literatura, Pão e Poesia e Colecionador de Pedras, de Sérgio Vaz. Além de O Povo Brasileiro Edição Comemorativa Darcy Ribeiro e Ou Isto Ou Aquilo, Cecília Meireles, entre outros. “O curioso dessa relação é que as vendas iniciais se concentraram em títulos como O Povo Brasileiro, seguido por Casa Grande & Senzala.


Para a editora Globo, o motivo também é de celebração. As vendas foram quatro vezes maior que em 2018 - e já há planos para voltar em 2024. Os livros mais vendidos foram:”Battle Royale”, “Você ligou para o Sam” e “Escravidão 3”. Na interpretação de Mauro Palermo, diretor da editora, foram acertadas a data, estrutura e organização do evento.


Em números, a Ciranda Cultural – um dos maiores espaços com 3 estandes na Bienal - foram mais de 4 mil títulos em exposição para o público que, ao final das vendas, rendeu R$ 1,3 milhão. Entre as obras mais vendidas os destaques são: “1984”; “Coisas que guardei para mim” e “Varal das Letras”. Jonatha Jacinto, responsável pela editora na Bienal, considera que esta edição do evento “foi a melhor de todas as demais, com curadoria impecável e dias surpreendentes no estande”. O representante da Ciranda assegurou que a empresa marcará presença nas próximas edições.

No Espaço Cordel e Repente, a venda de exemplares também foi positiva: 18.900 córdeis e 6.500 livros vendidos.


FONTE: Communica Brasil

Estela Yamaguti – (11) 99121-7888 -estela@communicabrasil.com.br

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