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Noticia e Informacao contextualizadas
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O cliente e-commerce é a parte da logística - se ignorar isso, perde o direito de reclamar.

Atualizado: 19 de jun. de 2023


Simples assim. – Tu compras um aparelho de barba, ou um vestido, um tênis ou um smartphone, qualquer que seja o produto do seu impulso ou necessidade imediata. Em menos de dois minutos, em três cliques, pagou; a partir daí aguardará a entrega prometida para o dia seguinte, ou em três dias, uma semana, qualquer que seja o negócio acordado. Isto é o atual modelo de e-commerce; cômodo e quase sempre confiável… Mas como cliente, tu não tens obrigação qualquer nesta esteira semi-automatizada?


Enquanto a AI (Inteligência Artificial) e os drones ainda não dominarem a logística de última milha (“last mile delivery"), enquanto o reconhecimento facial, sensorial e a localização automática por GPS combinados não encontrarem o cliente aonde quer que seja, todos nós, clientes, somos parte crucial do processo final de (auto) satisfação garantida.


Nos últimos 60 dias, este observador “hands on” operou linhas e sistemas SaaS / CRM / ITSM de “customer service” (respondendo a solicitações e reclamações de clientes online) e entregou porta-a-porta compras feitas nos maiores marketplaces que a WWW e Internet oportunizam. Desde um dos maiores grupos europeus provedores de Customer Service, GiGroup/Majorel/Teleperformance/Booking.com, à rede francesa de supermercados AUCHAN, Amazon e Nike entre outras empresas multinacionais de mesmo calibre.

Estas empresas, segundo consulta em relatórios da Dun & Bradstreet, NASDAQ e outras fontes de análise financeiras empresariais, exibem em seus “General Ledgers” dois dígitos de bilhões de dólares por ano, três em alguns casos, e lucram não tão menos que isto. Mas é curioso que não investem um níquel em um simples convite aos “seus” clientes, para colaborarem na sua (auto) satisfação. Aviso os Navegantes: Gerentes de Marketing e assemelhados, há aí um veio exponencial de “valor agregado” para explorar!


Descendo ao chão de fábrica, visualize o dia a dia de um motorista/estafeta, com um pacote de tênis na mão para entregar em um endereço a 2 km do armazém de distribuição final. Calcule neste cenário, o mesmo motorista com 50 entregas similares diariamente, onde a mais distante fica num raio de no máximo 10 km (ele dirigiu mais de oito horas em média 75 km, quase em círculos). Considere a negligência da administração pública das cidades em não manter placas de sinalização, nomes das ruas e pracetas, atualizadas; sem mencionar empreendimentos de gentrificação que produzem a insanidade de duas identificações para um mesmo imóvel; um complicador adicional é a complexidade incongruente, muito frequente, dos códigos postais, geridos pelos serviços de correios oficiais embora estes também sejam “empresas” privadas atualmente (concorrentes de empresas privadas de logística), com a “responsabilidade” de manter azeitado mapeamento codificado das cidades e bairros…

Considere ainda que em muitos casos sua casa não tem número visível, para aquele motorista com o seu novo tênis para entregar. Ou o seu prédio de oito andares não dispõe de elevador, porque os condôminos decidiram reduzir custos de manutenção…


Sem entrar no mérito do custo do transporte propriamente dito, se está ou não embutido ou pulverizado na estrutura financeira da compra, lembre que tu decidiste comprar aquele produto, portanto quer que ele seja entregue.


É aqui que este “pobre motorista entregador” queria chegar, e poderia divagar para inúmeras outras avenidas e racionais: de um lado, Sr(a) Cliente, no momento da compra e enquanto aguarda a entrega, dê um passo à frente e forneça informações de como encontrá-lo, no sentido de “achá-lo” no mapa, e no sentido de vir até a metade do caminho, mesmo que seja apenas em termos de orientação geográfica, ou simplesmente esteja presente para o recebimento - isso não é pouco.

De outro lado, Sras Empresas Multinacionais, imponham aos seus “gerentes de marketing” ações “after sales” e "endomarketing" (seja o nome bonitinho que for) dedicadas a convidar o cliente a participar da “entrega” de seu próprio produto; basta que ele oriente o “entregador”, basta que ele se apresente ativamente para o processo de recepção. Há inúmeras formas de sonhar um final feliz nesta fabulosa aventura de receber o seu produto em casa. Sem isso, não adianta reclamar.


Os benefícios, para ambos, empresas e clientes, são enormes. O entregador agradece.


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Luís Peazê é escritor, jornalista e tradutor. Seu primeiro emprego foi numa loja de sapatos, aos 15 anos de idade. Foi Analista de Sistemas, autodidata, Diretor de Marketing na Indústria de Papel, Premiado Publicitário de contas internacionais tais como Louis Vuitton, Perrier, Marie Claire e PanAm entre outras; empreendedor nos Estados Unidos, Brasil e Austrália e construtor de barcos de madeira, incluindo nove unidades do clássico Herreshoff 12 https://www.luispeaze.com/dinghy-peaze . Conheça seu best seller "Alvídia - Um Horizonte a Mais", uma aventura com sua mulher, em que construíram sozinhos um veleiro de 10m na Austrália, e velejaram mares do mais lindos e perigosos, mar da Tasmânia, Corais, Arafura, Carpenteria, Timor, sem experiência prévia nem de construção nem de velejar; "uma aventura necessária em que às vezes se deve perder para ganhar" tem script para longa metragem e entre milhares de depoimentos espontâneos lista:


"Luis Peazê captura tudo que todos sonham, no sublime sentimento pelo "Mar", e a relação do homem com o mar.Mais importante ainda, em um barco que ele construiu para si mesmo do amor pela arte de construi-lo. Uma construção espiritual e uma travessia do início ao fim." Andy Garcia, ator e diretor (Los Angeles).


"...o melhor livro de aventura que eu já li" Alan Klarke, USA, tradutor de O Alquimista de Paulo Coelho


"...eu só tinha à noite para ler o livro, muito ocupada, e não via a hora de pegar o livro para continuar a leitura, o li em uma semana, não conseguia largar..." Tatiana, leitora de Porto Seguro, BA

"...depois de ler o Alvídia, eu passei a acreditar que o amor entre um homem e uma mulher existe, eu já andava descrente que isso poderia ser possível..." Nany, artista plástica, São Paulo, SP


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