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Noticia e Informacao contextualizadas
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Do meu amigo, Padre Gilberto Cunha


Aos 13 anos eu jogava no Lansul, de Esteio, Rio Grande do Sul. Era o centro-médio daquele time que venceu o primeiro campeonato da categoria Dente de Leite que foi televisionado, em preto e branco. Longa história que décadas à frente transbordou para o presente, quando o Padre Gilberto Cunha me encontrou online, feliz descoberta. O Padre Gilberto também jogou no Lansul, na mesma época. viajou pelo mundo e por opção altruísta ancorou na esperança e fraternidade da Igreja Católica.


E, após alguns anos, de repente, Padre Gilberto Cunha, meu amigo, assim sem mais nem menos, generoso, caridoso na verdade, fraternal, escreveu o que segue sobre o seu amigo Peazê:


"O MAR... O mar é apaixonante, cativa. O mar é instigante, impressiona. O mar acalma, e causa medo. O mar é muita coisa, coisa imensa. O mar é bravio, mas profundo. O mar é calmo e revolto, é contraditório. Mas, não há quem não o queira conhecer. O mar é enorme, encosta no céu. Tudo isso é pouco diante do que é o mar. É possível admirá-lo, mas se quisermos entrar nele, cuidado, ele não tem piedade. Eu poderia dizer um pouco da minha paixão por ele, mas ainda assim, prefiro vê-lo e ouvi-lo na sua margem. Sou mais terra do que água! Um amigo escreve livros sobre o mar, constrói barcos e foi condecorado algumas vezes pelos seus livros e pelos seus barcos que expressam todo o seu amor pelo mar.


Criado às margens do Rio Gravataí, nas ruas de Niterói, ele ampliou o seu amor pelas águas e navegou nos lugares mais lindos de todos os mares. Ele conhece a alma dessas águas que cercam o mundo. Ele fez as melhores escolhas, o amor de uma mulher, a paixão pela literatura, a liberdade de velejar e arte de fazer amigos. Mas, as suas inspirações, por certo, vêm do mar.

Na tela da vida eu o vejo muitas vezes no píer, taciturno e esperançoso ele busca revelações que só as águas dos mares podem trazer, em cada onda um pouco de lampejo, um pouco de vida nova. Dizem, foi assim desde menino, às margens do Gravataí ou nalguma porção do mar de Tramandaí. Quem me dera ouvir esses segredos ao gosto da brisa de algum mar. Mas, eu sou mais terra do que mar, menos aventureiro e mais acomodado. Ele que ama o mar e que escreve livros e que viaja e que faz barcos e que é apaixonado pelo mar, continua a sua sina e só ele e os que amam o mar sabem o que vem da fonte das águas infinitas desse mar, um lugar para os corajosos, paras os aventureiros e para os poetas. E são tão sorridentes e esperançosos os que amam o mar, onde sempre há um barco a singrar...


Hoje, no meu FACE, lembrando PEAZÊ... que desbrava os mares...



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