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Noticia e Informacao contextualizadas
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Barista da Flor da Selva por um dia…, do Café.


Recebi das mãos do Barista e Torrefador, não é pouco, Francisco Monteiro, da Flor da Selva, uma amostra de grãos fresquinhos, recém-chegados diretos da plantação a 1220 metros de altitude em Minas Gerais, portanto com muito chão antes de ganhar o oceano que une Portugal ao Brasil. Semanas antes estamos em Lisboa e Francisco está a provar um lote de grãos ainda inusitados torrados à lenha em uma autêntico e raro alemão Probat. Eu acabara de adquirir nosso modesto (em kg) lote (nobre blend) para servir no Café Peazê, servir não, encantar os nossos clientes…

A história é longa, mas, resumindo, fui convidado a provar e dar a minha opinião. – Humm, visual, cor, aroma, textura, corpo, primeira impressão sensorial de sabor, notas, adstringência, sensações residuais e as influências do que se espera. Pois é inegável querer induzir a mente numa hora dessas. Suspense.


Sem saber que na próxima visita o Francisco me daria aquela pequena amostra para moer no meu Rancilio sexagenário extraído na minha Wega que mereceu contato na Itália, com o CEO da WEGA, Paolo Nadalet, e sua Gerente de Marketing Cinzia Pietrobon, para obter um manual e regular a vetusta máquina de expresso. – Te dou minha opinião por escrito, Francisco – disse-lhe, e isso custou-lhe até hoje.


No Dia Nacional do Café (celebrado no Brasil), aquele punhadinho de grãos, vindos do Sítio Bela Vista, Alto Jequitiba, Minas Gerais, onde fica a Fazenda do pequeno produtor Alexandre Emerich, pularam do saquinho aberto especialmente para a ocasião e, primeiro, revelaram uma homogeneidade de cor, tamanho e formatos. Se eu não tivesse visto o Francisco embalá-los enquanto conversávamos, diria que ele ficou uma tarde inteira escolhendo e medindo os grãos… e o pai, Sr. Jorge Monteiro, trabalhando sozinho.

Enfim, sem mais demora, acionei o moedor, quando chegou ao Café Peazê nosso amigo e cliente habitual Manuel Mália, engenheiro de processos de armazenamento de gás e usinas de captação de energias alternativas. Fita métrica, teorias complexas de física e química, Mália veio com a cópia de um projeto de armazenamento de gás liquefeito para um cliente na Alemanha, debaixo do braço para mostrar-me e descrever com requinte de detalhes. Portanto, imagine-se o rigor e fidelidade da segunda opinião – a minha a esta altura já não valia mais nada. Eu estava contaminado pela agradável surpresa naquele primeiro dia quando o Francisco me surpreendeu com a primeira prova.


Mália teve a bravura de aceitar o desafio e, como conhece o nosso “blend” Peazê, 70% Arábica (Região das Matas, MG, Brasil) e 30% Robusta (Angola), chegou na hora H para o “cupping”, com o perdão da palavra, pois a Helga estava ali para nos corrigir e informar que não poderia se tratar de um “cupping” oficial. Ok, até isso nos ajudou à honestidade da prova.


E oPONTO Café Peazê fez história nesse dia, acredite se quiser, igualando em 97% a sua opinião com as características de avaliação sensorial publicadas no website do produtor:

De 1 a 3 (menor para maior) eu dei nota 3 para corpo e Mália concordou; sem especificar uma nota precisa, cravei 1 para aroma, no sentido de suavidade, e Mália soltou a palavra “nozes” contra a minha opinião de “chocolate amargo, preto”. Degustamos três chávenas, extraídas na WE


GA e simultaneamente na Thera Retro e descobrimos o seguinte: é achocolatado com um “caramelo” discreto; Mália chegou a comparar ao caramelo que sua mãe faz em casa. Percebi um sabor de ervas sem identificação, mas as duas testemunhas presentes não me deram ouvidos. Helga anotou tudo e pelo menos não relutou dizer quase sem querer que era “suave”. Bom princípio, já que eu cravava em cima que a adstringência era mesmo perceptível leve e permanente.


Por fim, Francisco: pela manhã, vamos continuar com o nosso encorpado e de aroma complexo e arrojado Blend Café Peazê - torrefador Flor da Selva, mas, especialmente ao verão, durante o dia, o segundo e terceiro cafezinho, ou bica, que seja um exótico, achocolatado ao caramelo e nozes do Sítio Bela Vista, da Região das Matas de Minas Gerais.

Oh, Minas Gerais! Oh Minas Gerais!


Oficiosamente hino do Estado de Minas Gerais "Oh! Minas Gerais" na verdade tem as “notas” extraídas da valsa italiana "Viene Sul Mare" com letra adaptada por José Duduca de Moraes. Essa valsa foi ouvida em solo brasileiro a primeira vez no fim do século XIX.



Estraído do website da Fazenda Sítio Bela Vista, MG, Brasil, do proprietário Alexendre Emirch




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