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Foto do escritorLuís Peazê

O acidificado ambiente corporativo e a dissimulação involuntária do consumidor, do indivíduo.

Atualizado: 20 de jun. de 2023


...em 500 palavras para bom entendedor basta.


A acidificação é ruim para qualquer organismo. No ser humano, até os 45 anos de idade (nati-robots) de um modo geral aparentemente não causa muito mal, aparentemente. Mas em todos os casos, gradualmente sacrifica e fragiliza o funcionamento integral do organismo, quase sempre deixando mazelas irreparáveis, ou matando aquele corpo.


Não quer dizer que a acidificação tenha o mesmo aspecto proibitivo como o pecado “roubar”. Há lugares que a acidificação é necessária, mas com muito cuidado, extrema atenção e dose milimétrica, calculada.


No organismo corporativo, deixando por um momento o “ser humano” de lado, observemos aqueles “robots” hoje em dia vestidos meio informais, quase sempre dependentes de um sistema automatizado alimentado via conexão de Internet. A primeira curiosidade é o discrepante antagonismo (ou seria paradoxo) das linguagens: a) corporal, estética, comportamental; b) da narrativa, da comunicação, da relação processo versus informação.


Calças rasgadas, direto da fábrica assim mesmo, e outros adornos superficiais incluindo tatuagens e piercings, culminando com cortes de cabelo macaqueados; este pode ser um bem aceito “dress code” em qualquer ambiente de trabalho, ninguém irá discriminar o ator social ali vestindo-se assim, seja ele de que letra no alfabeto seja a sua tribo, ou geração – de 0 a F, ou 0 e 1, pois o alfabeto latino, por falta de símbolos, já, já, tomará emprestado os símbolos e valores dos sistemas hexadecimal e binário. - Para não dizer que não falei de flores, acima dos 45 anos de idade, isso tudo é visto também, porém com cores desbotadas, ressaibos porém saudáveis de uma época menos tóxica, às vezes perigosos, de uma época menos generosa de opções… Sinto muito, aqui são necessárias as reticências. Deixe sua imaginação livre.

É uma fábula o uso consolidado de expressões norte-americanizadas nas empresas, expressões que definem tudo num dado nó do processo produtivo ou do “management”; i.e. KPI, Burn Rate, Hand Over, milhares delas. Ah, sim, e “team”, esta sempre envelopada em verniz, sorrisos plásticos, promessas de irmandade até, claro, de mentirinha.


Me propus aqui a não passar de 500 palavras e cobrir todo este casacão felpudo de pele de urso, portanto ataco agora o outro personagem: o consumidor, destacado no título deste artigo. – E, ora, o consumidor somos nós, todos nós que de um jeito ou de outro habitamos esse acidificado ambiente corporativo. Apenas disfarçamos que ora estamos de um lado do balcão, ora estamos a dois passos do caixa registrador, ok, multibanco ou QR code.


Emfim, desde a produção de matéria prima ao último elo da cadeia produtiva, a "last mile delivery”, agimos como estúpidos. Desconhecemos que o sistema em que nos encontramos em dado momento não é mais do que um fractal idêntico ao todo, e assim não nos respeitamos com genuina noção de que somos seres humanos, isto é, que há o(s) outro(s) ser(es) humano(s) ao redor. Perdemos, ou nunca tivemos, ou já nascemos sem a noção de mundo, pregressa e de um horizonte a mais, solidário.



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Luís Peazê é escritor, jornalista e tradutor. Seu primeiro emprego foi numa loja de sapatos, aos 15 anos de idade. Foi Analista de Sistemas, autodidata, Diretor de Marketing na Indústria de Papel, Premiado Publicitário de contas internacionais tais como Louis Vuitton, Perrier, Marie Claire e PanAm entre outras; empreendedor nos Estados Unidos, Brasil e Austrália e construtor de barcos de madeira, incluindo nove unidades do clássico Herreshoff 12 https://www.luispeaze.com/dinghy-peaze . Conheça seu best seller "Alvídia - Um Horizonte a Mais", uma aventura com sua mulher, em que construíram sozinhos um veleiro de 10m na Austrália, e velejaram mares do mais lindos e perigosos, mar da Tasmânia, Corais, Arafura, Carpenteria, Timor, sem experiência prévia nem de construção nem de velejar; "uma aventura necessária em que às vezes se deve perder para ganhar" tem script para longa metragem e entre milhares de depoimentos espontâneos lista:


"Luis Peazê captura tudo que todos sonham, no sublime sentimento pelo "Mar", e a relação do homem com o mar.Mais importante ainda, em um barco que ele construiu para si mesmo do amor pela arte de construi-lo. Uma construção espiritual e uma travessia do início ao fim." Andy Garcia, ator e diretor (Los Angeles).


"...o melhor livro de aventura que eu já li" Alan Klarke, USA, tradutor de O Alquimista de Paulo Coelho


"...eu só tinha à noite para ler o livro, muito ocupada, e não via a hora de pegar o livro para continuar a leitura, o li em uma semana, não conseguia largar..." Tatiana, leitora de Porto Seguro, BA

"...depois de ler o Alvídia, eu passei a acreditar que o amor entre um homem e uma mulher existe, eu já andava descrente que isso poderia ser possível..." Nany, artista plástica, São Paulo, SP


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