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  • Foto do escritorLuís Peazê

Covid-19: Como explicar o que não se sabe para quem não sabe que não sabe?


Na idade média não havia a apologia ao “meme”, não existia o efeito viral, virtual logicamente, e, a civilização, desde o inconsciente individual e coletivo às relações humanas reais não eram fractalizadas, como hoje. Você já entendeu onde quero chegar. Aliás, já entendeu tudo e nem precisa ler esta crônica, porque sabe responder a pergunta do título. Não sabe? Vamos lá:


Quem são os que não sabem que não sabem? De que faixa etária, para começar? De que gênero, das centenas que existem aceitas e em fase de aprovação por algumas sociedades? De que níveis de educação formal ou capacidade intelectual, ou cognitiva? De que hemisfério global? De que origem antropológica, de que ramo civilizatório? Fui muito fundo, vamos voltar para o futuro. Enfim, quem são esses que não sabem que não sabem, se pudermos separá-los por ideologias introjetadas, preconcebidas? Como explicar o que não se sabe integralmente para eles, quando eles não sabem que não sabem? Isto é, não aceitarão o que dissermos…


Tomemos como exemplo os velhinhos que estão defasados. Quais? Aqueles que não eram cafonas / parolos quando jovens, ou que nunca gostaram do Uriah Heep? É complicado. Eu por exemplo, estou quase velhinho, de idade, embora me sinta tão avançado que nem nasci ainda, mas nunca gostei do Uriah Heep. Só sei que nada sei, não, não vou usar esta frase, faça de conta que não a leu.


Voltemos ao Covid-19. Você sabe responder a todas as perguntas sobre o assunto? Sim? Então envie um email (não vá pessoalmente, evite o contato presencial) para a ONU, OMS, governo Chinês, Irã, para a OSHA, espalhe a sua sabedoria pelo mundo. É fácil e ainda é possível monetizar. Mas a questão aqui é mesmo como explicar “o quê” você sabe, se souber, para quem não sabe que não sabe. Justamente numa época em que a semântica perdeu importância, a superficialidade ganhou terreno e, é claro, um simples acento circunflexo não lhe dirá nada na palavra “quê”.


Pessoalmente tenho encontrado pessoas que se enquadram em todas as classificações superficiais que listei acima, que reagem sobre o Covid-19 com extremismos, ou desimportância quanto aos cuidados que se deve ter. Uns são terminantemente contra o alarme, e minimizam a coisa. Outros ecoam o alarde, sem distinção, ou preocupação do que possa ser falsa informação ou não.


Tenho tentando o subterfúgio de vernáculos que demandem uma paradinha para se os entender, tais como “entropia” e “termodinâmica”, silogismo, associação latente, significante versus significado. Com isso ganho alguns segundos, para a seguir diminuir o ritmo da conversa, ou o tom das próximas palavras.


Difícil é vencer o ímpeto daqueles com fome de dizer que sabem. Tão famintos que se alimentam, ou gritam, por "clicks".

De resto, percebo várias áreas do (des)conhecimento envolvidas em uma simples observação verbal sobre o fenômeno que estamos protagonizando na história do mundo. E a saúde, invariavelmente, não vem e primeiro lugar, muito menos os mais simplórios hábitos de higiene, educação no convívio social e de auto-preservação, sequer. Da perspectiva da economia, tenho certeza que até novembro último, a maioria da população mundial não tinha a menor idéia se em seu país havia uma metodologia planificada em curso, se as teorias aplicadas nas decisões eram keynesianas ou o quê… Sequer tinham a noção de que o sistema monetário atual entrou em colapso há pelo menos 20 anos, e que as agências reguladoras internacionais abastecidas por institutos de pesquisa (disfarces de instituições de consultoria financeira) equilibram-se (e influenciam tomadores de decisão) em pesquisas tacanhas, capengas, contaminadas por interesses específicos. Deixo cair aqui uma pedra no meio do caminho: seria possível um bitcoin transportar um vírus? Um vírus mental, quero dizer, nem biológico nem binário. A produção de bens e serviços, alimentação e habitação, a demanda de energia e novas energias e tecnologias, a ebulição disruptiva e efervescência de novos hábitos e costumes, tudo isso lambuzado por antigas e ultrapassadas ideologias, vem com frequência grudado na palavra Covid-19, ou Coronavirus, não raramente arrastando brincadeiras, é verdade, com a bandeira de que a “La vita è bella” (?) há quem brinque, e eu não sei se sabem o que estão fazendo…


O que eu sei é: em época de Quaresma e quarentena, lave as mãos, não como Pilatus, bem entendido. Tudo começa por lavar bem as mãos...


Volto aos velhinhos, puxando a brasa para meu assado: seja paciente com eles, eles merecem.


Os anunciantes deste website não nessecariamente concordam ou apoiam o conteúdo dos artigos aqui publicados.


Comunicado Mr. Dinis Santos


Tendo em conta a evolução do vírus COVID-19 como pandemia, vimos por este meio informar, que a MR DINIS DOS SANTOS, LDA e tendo por base as indicações e as orientações das autoridades nacionais, suspendeu o seu atendimento ao publico presencial por tempo indeterminado. Esta medida de contingência visa salvaguardar a saúde e o bem-estar quer dos nossos colaboradores quer dos nossos clientes.

Deste modo, agradecemos que não se desloquem às nossas instalações, pois encontram-se encerradas ao publico.


𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐝𝐢𝐬𝐩𝐨𝐧𝐢́𝐯𝐞𝐢𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐞𝐫 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐦𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐚𝐬 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐬:

1) Via e-mail: 𝐢𝐧𝐟𝐨@𝐝𝐢𝐧𝐢𝐬𝐬𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬.𝐜𝐨𝐦; 2) Via telefone: • 212 100 410 e 966 624 895 - 𝐃𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐚 𝐚 𝐬𝐞𝐱𝐭𝐚 𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐚𝐬 𝟎𝟗𝐡𝟎𝟎 𝐚̀𝐬 𝟏𝟑𝐡𝟎𝟎; • 966 624 895 - 𝐃𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐚 𝐚 𝐬𝐞𝐱𝐭𝐚 𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐚𝐬 𝟏𝟒𝐡𝟎𝟎 𝐚̀𝐬 𝟏𝟖𝐡𝟎𝟎.

𝐀𝐬 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞𝐠𝐚𝐬 𝐝𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫𝐚̃𝐨 𝐚 𝐬𝐞𝐫 𝐚𝐬𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐝𝐨𝐫𝐚.Encontramo-nos a seguir a evolução dos acontecimentos e todas e quaisquer alterações do nosso funcionamento, serão desde logo comunicadas através do nosso site (www.dinissantos.com) e da nossa página do Facebook.

Deste modo, agradecemos a compreensão de todos e apelamos à vossa colaboração para que juntos possamos voltar à normalidade.


Melhores cumprimentos,

MR DINIS DOS SANTOS, LDA

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